Somos máquinas?

- Oi, tudo bem?
- Tudo - ela respondeu, mesmo com o coração partido ali dentro.

Não somos máquinas. Podemos até programar a hora de comer, de dormir e acordar. Podemos escolher o tipo de comida que queremos, qual roupa vestiremos, o lugar onde dormiremos. Podemos conquistar amigos, formar família, acreditar ou escolher não acreditar em nada. Podemos controlar nossos sonhos, criar novas formas de facilitar a vida, falar com uma pessoa do outro lado do mundo e ainda ver coisas que nunca chegaríamos a ver se não fosse a TV. Podemos criar máquinas que falam, voam, cozinham e andam. Podemos estudar tanto até descobrirmos que ainda se tem muito a estudar e podemos viver tanto até descobrirmos que não há sentido pra quase nada na vida. São "n's"coisas que podemos ou não fazer, mas independente do fazer ou do não ser, não podemos controlar a vontade que temos de comer, dormir, acordar, falar, amar, inventar... Não podemos controlar a vontade de ser quem somos e nunca controlaremos as crenças que julgamos não ter, mas temos. Criamos nomes pra inventar coisas e criamos mais outros nomes pra definir a ausência delas. Somos controlados compulsivamente pela vontade de provar nossa existência, seja ela através da destruição, das criações ou do simples, e verdadeiro, sentimento. Seja você adolescente ou jovem, homem ou mulher, saiba, não somos máquinas. A maior prova de que somos carne, é isso, a dor. E se você finge dor, ou finge sentimento, não deixa de ser carne, porque só a carne provoca a dor como ela tem que ser, mesmo que isso seja a mentira (da carne). Não somos máquinas, mas estamos a fingir isso muito bem. E como diria minha amiga B. "nem tudo pode ser programado, principalmente as pessoas!"

Comentários

B. disse…
Obrigada por colocar minha participaçãozinha ali ^^...belo texto...deifinitivamente você escreve mto bem!
Luiza Sobreira disse…
kkkkkkkkk, ô babii!

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