Tem aquelas estrelinhas que eu nunca consigo alcançar. Meus sonhos divagam constantemente sobre essa nova forma de existência. Nem é tão interessante assim ficar em cima de uma algaroba espreitando a lua. No fim a gente sempre se machuca com os espinhos. Mas a vista, e que vista, essa é linda. O sorriso aparece faceiro no rosto, como se já estivesse lá há muito tempo. E surge algo no peito, uma coisa chamada esperança.
Superação.
Eu fico a imaginar aqueles dias, momentos insanos de um descontentamento constante, onde a saudade era a única palavra do dicionário, qualquer tempo nunca era o suficiente para ouvir a tua voz. Ainda lembro. Lembro sim! Não tem como apagar da memória as vezes em que o coração falou mais alto, em que as inaptidões da junventude me levaram cedo demais a desabrochar o coração. Mas determinadas coisas são importantes demais para se deixar para a próxima oportunidade. Um coração quebrado ensina para a vida, você sente nos pés a inquietude da solidão. É chegado o momento de finalmente se reencontrar, conhecer os seus reais anseios, os segredos por trás das insatisfações, compreender a direção dos pensamentos, as possibilidades do desejo. É o momento de se reinventar, criar o seu próprio caminho, enxergar as suas limitações, vencer os medos.

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