Precipício
Sabe aquele som do aparelho (do qual não lembro o nome no momento) que marca as batidas do coração? Sim, aquele que faz “pííííííííííí”, o barulho, ou melhor, o anjo que anuncia a morte de algum infeliz. Imagina esse som vinte e quatro horas nas suas ideias. É... é assim que me sinto. Talvez isso explique esse vazio das incertezas da minha quase desilusão amorosa. Mas como é um talvez/quase acho que a especulação não cairá tão bem quanto a certeza. Não há muito o que se fazer na UTI, então, temos que esperar um milagre ou se a vida for generosa, um milagreiro. Mas o melhor mesmo seria se nós lutássemos por essa vida, o que não deixa de ser a alternativa mais provável, visto que os únicos que lutam por nós somos nós mesmos. A vida é assim... Vivemos nessa constante e contínua vontade de nos provar (seja por cima, embaixo ou no meio de todos os outros sentimentos). O importante é provar, se provar e ser provado.
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