na ponta dos dedos*
Às vezes me pergunto se o que senti foi amor. Outras vezes se o que tivemos foi paixão. Chego até a perguntar se o que vivemos foi engano. Sendo ou não, não faz mais diferença, já deixei "na mentira" todas as lembranças boas do passado. Mas o que mais me impressiona, é que quando se termina algo antigo, sempre o passado toma posse de uma parte da gente. Sempre faltará um pedaço... O pedaço do primeiro candidato à vaga vazia que agora jaz no meu peito. Passo e repasso os fatos, não encontro culpados, muito menos residentes desse velho passado que já me abandonou faz tempo. Certa vez eu escrevi que sentia "saudade", outra vez eu escrevi que eu não era "mais sua", na derradeira vez escrevi que não te "queria" e por último eu disse "adeus". Mas toda vez que eu lembro e relembro os fatos, que eu corto as falas e que eu me "encanto" facilmente por um outro estranho, vejo o antigo "eu" que foi abandonado por um babaca. Aí ...